domingo, abril 30, 2006

A Claustrofobia do Homem Pós-Moderno


O telefone só toca
Quando ligam por engano
A campainha ainda buzina
São só crianças na escada brincando

Uma única folha seca que ainda não caiu
Sozinha entre os galhos da árvore que se despiu
A cinzenta imensidão das grandes cidades às vezes cerca
E aprisiona num quarto, sufocando até o dia seguinte, quando tudo recomeça...

A solidão já é muito tediosa
A única coisa que faz mexer é a esperança de algo melhor um dia desses
Está tudo muito tenso, mas ainda dá pra agüentar um pouco
Essa é a claustrofobia do homem pós-moderno

O mundo torna-se a sua janela
E o caminho do trabalho pra casa
Quer falar com alguém, mas não tem a quem
Aos poucos pode perder sua vontade de acordar
Pode se esquecer do velho sonho de ser feliz

Victor Martins

Ps: Se vcs olharem para o céu de noite e fixarem seus olhares numa estrela qualquer as nuvens se movendo vão parecer alguma coisa derretendo


Trilha Sonora: Björk - Venus as a Boy