terça-feira, agosto 07, 2007

É sempre bom descobrir coisas novas...mas é estranho quando você as descobre e não tem a quem contar..ou quem você gostaria de contar suas novas "descobertas" não pode mais estar presente..Na verdade sempre haverá a presença no coração, mas somos humanos e precisamos de contato pra nos alimentarmos. No seu caso, Baby, vou me alimentar mesmo das lembranças e do seu sorriso shy..muito cômico. Sinto sua falta...gostaria de lhe contar que eu e meu coroa finalmente nos acertamos (parece né...mas por enquanto estou feliz com a paz...mesmo que não dure...mas vai durar..) e que eu finalmente consegui me livrar dos fantasmas do meu passado. Eu precisei tomar decisões radicais e weirds. Está valendo a pena..Obrigada por ter me dado um help naquela madrugada no sense. Se não fosse você eu não estaria aqui.
At last de Etta James ecoando aqui no quarto....gostaria de concluir as coisas que começo a fazer, mas deixar as coisas pela metade está se tornando uma constante. Mas...é verdade quando dizem que sempre existirá uma exceção.
Na verdade, Baby, de verdade, eu não estou plenamente feliz...nem sei se essa felicidade plena existe..acho que não. Mas será que a nossa felicidade é como...ia fazer uma analogia barata...você com certeza me entenderia. hohoho..
O que não pode acontecer é deixar que a emoção vá embora..quero tocar blues.Vai demorar....

domingo, agosto 05, 2007

Resposta a "Um mês"

eu meio q não quero escrever nada
só fiquei na cama hoje, ouvi mogwai com certa intensidade e é isso.
sei que um dia se fará um ano, dois anos, e eu n imagino como isso começa a se tornar uma idéia consideravelmente aceitável.
é estranho q eu falava pra ele que se alguém morresse eu ia levar a idéia com muita naturalidade e tudo mais. Ele deu uma discordada as vezes, mas no fim ele me disse que o triste não era morrer, era envelhecer.
E agora, eu vejo como eu posso mudar rapidinho. Porra de aceitável. Aquele caixão, aff...
A cena que ficou mais presente em minha mente foi vc indo na frente, e voltando com a cara na boca, com os olhos cheio de lágrimas. Eu quase rí aquela hora, acho q foi desespero por ver que as coisas não eram brincadeira.
As vezes eu acho q o mundo tem que acabar em 2012 mesmo, porque além das coisas ainda estarem recentes, eu vou poder reencontrar ele de novo, em teoria.
A pior coisa que eu posso acreditar agora é que acabou pra sempre e que viver é só isso. Que não vai existir algo que resete tudo e eu volte a aquela relação engraçada que tinhamos, por mais que parecesse viadagem. De voltar pra isba e pular nas costas dele e ele, carinhosamente me jogar contra a parede.
Não sei. O pior mesmo vai ser não ver ele lendo meus textos e dizendo que gostou. Ou me ligando, dizendo que fez um blog novo e que agora ele vai dar conta.
Essas coisas que as vezes não damos tanta importância, mas, no fim, é o que vai fazer mais falta, justamente por sua simplicidade.
Bem, eu disse que não ia escrever nada e não vou. Uma dor de cabeça começa a ser desenhada em minha mente e eu não quero isso agora.
To com o corpo meio cansado, não sei porque, hoje o dia está pesado, e sinto ele em minhas costas.
abraço galinácio

(Anderson Bastos)

Um mês

Hoje, 4 de agosto
Hoje completa um mês que eu perdi um pedaço de mim
Um mês que um siena preto derrapou numa pista oleosa e colidiu com um uno
Um mês que eu descobri o que é perder um amigo querido
Um mês que me pego a pensar nas nossas conversas, gastações e planos futuros
Um mês que eu fui pra Nova Canaã só pra dar um último adeus
Um mês que entrei naquela igreja e te vi lá, deitado, sem aquele sorriso besta na cara
Um mês que eu liguei pros nosso amigos pra avisar a pior notícia que eu recebi na minha história
Um mês que depois de muito tempo, eu chorei
Um mês que eu olho pra suas fotos e com o desejo que tudo fosse uma grande mentira eu penso “que merda”
E durante esse mês, e pro resto da vida, aquela saudade do amigo, do pequeno príncipe, da insustentável leveza do ser; daquele que quando eu virei de costas pro túmulo eu sabia que não ia mais me ligar de madrugada falando “frango, tou na maior deprê, converse comigo ai” e eu com toda impaciência do mundo ouvia.
E agora sei que nunca mais vai voltar
É, pequeno príncipe, você vai fazer muita falta...