sábado, junho 02, 2007

.:: História De Amor Desencontrada ::.

Para ele, ela era a mulher dos sonhos. Para ela, ele e pamonha eram sinônimos. Um dia, pelas ruas da cidade em seus respectivos carros de som, um avistou o outro e anunciou:

- Olha o carro dos sonhos!

- Pamonha! Pamonha!

Ele não suportou aquilo. E se dirigiu ao viaduto mais próximo, para o alto e avante, ao infinito e além.

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terça-feira, maio 29, 2007

E, na fila de espera....


Não gosto de me explicar. Não vim, na verdade, aqui hoje por qualquer motivo semelhante. Algumas coisas precisam ser ditas ou até mesmo, esclarecidas, no atual momento. Talvez a relevância sobre isto tudo só caia sobre mim, mas um dia, quem sabe, você terá conhecimento disto.
Você sabe, não é nem que eu queira aumentar a nossa relação ou queira restringir sua liberdade. Nada disso. Tudo é livre e completamente incumbido de leves absurdos, entre nós. Eu me sinto preso a você, algumas vezes, não é novidade. Você se sente preso a ele, e eu sei disto desde o início.
Não temos um pacto, estamos muito longe de qualquer relação cheia de pré-requisitos, mas eu me sinto mais ou menos impregnado de certas obrigações. Eu não iria tão longe por isso, nas atuais circunstâncias, mas no fundo, você merece um pouco de paciência.
Eu lhe disse, tem tempo. Ele só quer você, no atual momento por motivos carnais. Não duvido minimamente de qualquer sentimento que seja, mas o que impera é que o coração se situa pouco abaixo do umbigo dele.
Isto não é novidade. Porra. Quantas vezes eu tive o desprazer de esvaziar minha mente com isso. Lhe explicar por A + B quais são minhas atuais convicções diante desta relação e porque que eu ainda me relaciono com você, não como mais uma figura, mas como alguém que valha a pena.
Não vou, e até seria uma injustiça repleta de falsidade, argumentar sobre Ele. Sobre a (pelo menos pra mim), clara relação entre vocês. Eu sei que muito do que ele quer é o que você almeja, mas isto é apenas um parênteses de tudo.
Me sinto as vezes fraco. Fracassado até, em mais uma vez estar contribuindo para a perpetuação desta, já malhada, história. É simples, e eu já conversei com você sobre isto. Se você se sente bem em estar numa situação, aparentemente estranha e desigual, e, se ainda assim, eu sou o cara que você escolheu pra ficar na sala de espera, realmente, o errado sou eu.
Porra. É foda isso também. Enquanto eu estou escrevendo isto, você está lá, na casa do cara, na cama dele, fazendo o que não é nenhuma novidade pra mim, durante alguma horas. E, mais uma vez, veja como eu estou sendo mais ou menos interessado na sua não-enganação. Poderia estar gastando minha falta de sobriedade com outra coisa, mas aqui estou...
Como disse anteriormente (disse?), você só lerá isto, ou quando nos estivermos muito próximos ou muito separados. Duvido muito que seja quando nós estivermos da mesma maneira atualmente, mas se for, possas crer que eu sou um péssimo vidente, ou qualquer coisa do gênero.
É estranho. Sobre tudo aquilo que conversamos enquanto a não termos relações fixas, e que isso nos remete a liberdade, é até compreensível. Mas na atual situação eu realmente acho que as coisas não são bem assim.
Você é surda. Já lhe disse isso. Não adianta o quanto fale, o seu comodismo que fortalece seu bem estar sempre falará mais alto. E, mesmo acreditando sobre você ter falado da situação onde, outro alguém, dissesse que apostaria tudo em você, e que seus sentimentos seriam remetidos a essa nova situação, eu, sinceramente, nunca me colocaria numa sinuca desta.
Você é confusa. Tão confusa que basta Ele estralar os dedos que você muda de opinião facilmente. Lembro muito bem do seu discurso há um tempo atrás. Chamou ele de mentiroso e as porras. No fim das contas, quando ele e você beberam ( e eu estava no meio), você resolveu se resignar e ir pra casa dele, como se ele nunca tivesse lhe sacaneado.
Seu discurso agora é que você se sente bem e também está sacaneando com ele. Bem, não vou lhe perguntar a quem você está enganando, porque isto é óbvio, mas porque que você se impregna destas falsas justificativas. Na verdade, eu acho mesmo é que você não se prontifica de amadurecer qualquer idéia sobre isso. Você além de surda é cega.
E sim. Esqueci aquele caso sobre qual você me mandou embora. Não é mais sobre isso que discurso e sim sobre seu conformismo infundado. Eu te quero bem. Não é um discurso tendencioso, possa ter certeza. Eu seu muito mais coisas do que posso falar, e eu não posso induzir a você pensar da mesma forma.
Sim, ainda penso que quando estou lhe beijando, você pensa nele. Pensa em arrependimento. Não acredito sobre a sua não-paixão-absoluta. Não acredito que você não é uma espécie de escrava, ou algo que se assemelha, já que faz os trabalhos, sabendo que no fundo no fundo, a uniteralidade é mais do que evidente. Você é tão péssima pra argumentos quanto eu, nem adianta maquinar essa cabecinha desprovida de memória.
Tipo, eu sei que você sabe de tudo que (no meu caso) intensamente vivemos. Era uma onda. Não é nem tentando alimentar cafonices, mas eu preciso exemplificar, para seguir adiante...
Pô, tudo começou estranhaço. Na festa lá, agente dançava e bebia, como se tudo fosse numa boa. Eu ainda viajava que você tava dando mole, mas no fundo eu nem alimentava isso. Depois pronto, a coisa foi rolando. Era um lance escondido, e isso era massa. Várias doses de adrenalina e serotonina diárias, e no fundo, eu pensava estar seguindo um caminho mais ou menos coeso.
Na segunda vez que conversamos, com certeza você não lembra, falei sobre estar numa situação escrota e que eu não estava muito interessado (ou instigado) em continuar. Você simplesmente me beijou, e isso foi mais do que qualquer expectativa vã.
No fim, Num sábado, depois de uma garrafa de vinho, você resolveu se redimir a sua (permita-me dizer) ridícula relação com ELE e daí então voltamos a relação (sem querer desmerecer) puramente fraternal.
Não reclamo de nada. Sinto pena só. Já lhe disse antes. Quando estou contigo, parece que outras pessoas que me amarguram, ou amarguravam, nunca existiram. Você, diferentemente, não consegue nem sentir os dissabores deste infantil “romance” que você mantém, e pior, o cara que fica escrevendo, enquanto você esta fud.... digo... se divertindo, continuará sendo o conselheiro, para todo sempre.
Bem, faça bom proveito de tudo isso. Não vim aqui pra lhe deixar infeliz. Na real, era pra gastar a inspiração alcoólica qual lhe falei anteriormente. Se você se sente ofendida, me desculpe, mas pelo menos ache graça por ter algum babaca perdendo o sono como isso.
E, mais uma vez. A vida é feita de escolhas.

domingo, maio 27, 2007

Vale


Vale tudo
Vale nada
Vale o valor dado
Vale o valer
Só não vale o sofrer
Sofrer num mundo vil
Num abuso
Num erro
Num surto


Tinha parada de escrever poemas, mas as vezes escrever em versos valem a liberdade


obs: Dandara, ainda espero suas anotações!
Imagem por Dibbi
título: the world is yours... but you seem don't care.