quarta-feira, julho 11, 2007

Bruna para Bb


Que vida engraçada.
Em todas as nossas conversas a gente teimava em falar do futuro. Em profetizar. Em subestimar...
É, meu amigo... Ele foi mais esperto. Ele nos deu uma rasteira.
A gente caiu. Doeu.
Mas então esse brilho todo me apareceu.
Aquele abraço me apareceu. Aquela perfeita reconstituição. Aquele calor que me tirou a respiração.
"A morte é só isso?". Talvez seja tudo isso!
Nós temos uma missão. Nós vamos cumprí-la. Nós vamos mais fundo. Juntos. Sempre!
E como se não bastassem lágrimas de tristeza, de egoísmo, por não poder mais aprender com as suas filosofias de busú, ou olhar dentro dos seus olhos azuis, ou alisar o seu cabelo rebelde (que prendiam as mãos lá dentro), ou rir dos seus sistes (O chimango), ou olhar o seu modo de esticar a mão, colocar na testa, esticar de novo, falando: "O que é isso, véi?", ou mesmo do modo como vc olhava pra cima pra depois soltar uma respiração diferente, que significava um início de risada, onde só vc via graça, ou quando vc reclamava da existência da matemática, ou quando vc respondia os seus súditos te chamando de "Jesus", ou quando tentava me ensinar os segredos do skate (mas eu era burra, ou sem jeito demais, pra poder aprender), ou quando falava da beleza de sorrir, da beleza de escrever, da beleza dos livros, da beleza de viver... De morrer. E sempre ficava vermelho quando eu te olhava, quando dava risada, quando resmungava.
Pedi perdão, e peço novamente, por essas lágrimas. Elas não conseguem se conter. Elas não conseguem deixar de fluir, como cachoeira, do leito dos meus olhos. Elas brilham por você.
Agradeço, porém, pelo: "Adorei te ver", e todas as coisas boas que vi junto com vc. Todas as fotografias, os sorrisos, os abraços, os beijos, os poemas, os livros, as discussões, os banhos que tive que esperar, os lanches no habib´s, as festas da casa de cestari, as conversas no ponto, as conversas no msn, as conversas no MIRC, o "olha o aviããão bebê", a saga pelo ventilador, a primeira vez que infringi a lei (hihihi), as festas na casa de joãozinho, as reclamações, as conversas na prainha, as vodkas, os vinhos, as músicas, los hermanos, radiohead, violão (ah.. como eu te alugava!!)... Enfim, TUDO!
Hoje sou mais feliz por ter em mim muito de você, e por saber que você está bem... Em mim. Bem... Em você.
A última imagem que tenho sua é como nessa foto. Luz...
Um guerreiro pra sempre. Por todas as dimensões...
A gente ainda tem muita coisa pra fazer/aprender/lutar junto.

Que Deus fique sempre com você. E você conosco.

Um comentário:

Gabriel Carvalho disse...

rapaz texto bonito cara
a sua sendibilidade aflorou como eu nunca tinha visto
também neh?
pudera...