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projeto de hibernação criogênica, fique congelado por 50 anos e soh envelheça 1 ano e meio.
Um fogo de palha... Uns caras com diferenças e semelhanças. Cada um com seus medos, desejos, dúvidas, certezas quase sempre efêmeras. Uns caras que não suportam o tédio. Todo mundo sobrevivendo e gastando...
domingo, abril 27, 2008
quarta-feira, abril 23, 2008
O mal necessário(???)
Assunto: [DCE UFBA] Fundações Privadas da UFBA no Correio da Bahia
Fundações privadas cobram por cursos na Ufba
Denúncia é objeto de representação do Diretório Central dos Estudantes junto ao Ministério Público
Alan Rodrigues e Perla Ribeiro
Utilização de espaço público, professores, equipamentos e o mais valioso: o nome e o prestígio da Universidade Federal da Bahia (Ufba). Fundações de direito privado instaladas dentro da Ufba oferecem cursos de pós-graduação com cobrança de mensalidades e diplomas emitidos pela universidade pública, onde todo ensino deve ser oferecido gratuitamente de acordo com a Constituição Federal.
Além disso, as fundações firmam contratos com governos e iniciativa privada para prestação de serviços vários, não submetidos ou aprovados pelas congregações dos cursos a que estão vinculadas, como manda a lei, a título de captação de recursos. Estas e outras irregularidades são objeto de uma representação que se encontra em fase de elaboração, a ser movida pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Ufba junto ao Ministério Público Federal (MPF), solicitando uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) nas cinco fundações hoje em atividade na universidade.
Paralelo a isso, já tramita desde 2006 uma ação civil pública no MPF que está apurando se há irregularidade ou não na cobrança dos cursos e na contratação de funcionários para a universidade via fundações. O processo ainda não foi finalizado, mas o procurador da república do MPF na Bahia, Israel Gonçalves, informou que todos os indícios “levam a crer que há irregularidades que podem levar à suspensão da cobrança dos cursos”.
Embora o Ministério da Educação (MEC) considere que pós-graduação é extensão e não ensino, o que facultaria a cobrança, no entendimento do procurador a modalidade também é tida como ensino e sua oferta não deveria ser cobrada. “O MEC defende essa tese porque é uma forma de as universidades ganharem dinheiro. Com as fundações, se consegue custear coisas que o governo deveria bancar. Por isso, o MEC fecha os olhos para a questão”, avalia Gonçalves.
Registros negados - Dados levantados na época apontaram para a existência de 63 cursos ofertados pelas fundações. Das cinco existentes, apenas a Fundação de Apoio à Pesquisa e Extensão (Fapex) conseguiu o recredenciamento no Ministério da Educação (MEC) no ano passado. Três tiveram o registro negado – fundações ADM, Escola de Administração (FEA) e Escola Politécnica (FEP). A Fundação Faculdade de Direito da Bahia (FFDB) alega ter encaminhado pedido de credenciamento em outubro de 2007, mas até hoje o processo não chegou às mãos do conselho universitário.
Composto por 53 membros, entre professores, servidores e estudantes, o conselho é o órgão responsável por avalizar os pedidos de credenciamento encaminhados ao MEC. Em agosto do ano passado, a diretoria recém-empossada do DCE assumiu as dez cadeiras reservadas para os estudantes e, apesar dos pareceres favoráveis das comissões incumbidas de analisar os pedidos das fundações, pediu vistas dos processos e optou por veto às três fundações citadas, como conta um dos estudantes conselheiros, João Gabriel Cabral. Sem o credenciamento, as fundações são impedidas de firmar novos contratos.
Devido à facilidade proporcionada pela ausência de controle público, as fundações também são freqüentemente utilizadas para contratação de servidores que atuam na universidade, uma forma de burlar a realização de concurso público. Sob o pretexto de agilizar a reposição de pessoal, faculdades como a de Administração, que possui 155 trabalhadores contratados via FEA, ou Direito, com 14, fecham os olhos para mais uma ilegalidade. Pela lei, as fundações só podem firmar contratos temporários.
***
AS FUNDAÇÕES foram regulamentadas pela lei 8.958/94 e, por definição legal, têm a função de fornecer “apoio ao ensino, pesquisa e extensão” em universidades públicas ou privadas reconhecidas pelo MEC; “administrar recursos para iniciativas nas áreas pública e privada em diversos estados”; e tornar mais ágeis as atividades de pesquisa e extensão”, driblando as “amarras de órgãos de controle interno e externo” a que as universidades públicas estão submetidas. As definições citadas constam do site da Fapex, hospedado no portal da Ufba, no tópico que define a origem da fundação.
***
Instituições rebatem críticas
Representantes de fundações não vêem qualquer ilegalidade em cobrar pela oferta dos cursos. “Ilegal eu acredito que não seja, senão não haveria vários núcleos que oferecem estes cursos”, considerou o superintendente da Fundação da Escola de Administração (FEA), Luiz Marques, que também é professor da Ufba. Ele diz ter conhecimento dos questionamento, mas que a universidade vive com problemas de orçamento e as fundações representam uma das formas de elas conseguirem se manter.
“Somos os gerentes operacionais destes cursos”, explicou Marques. Ainda segundo ele, a maior parte dos recursos é revertida para a própria universidade. Já o diretor executivo da Fapex, Osvaldo Barreto, explicou que a fundação não lança nenhum curso, mas sim, é a gestora administrativa e financeira da universidade. “A Ufba faz contrato com a fundação para gerir contratos, não temos a iniciativa de criar tampouco de cobrar pelos cursos”, alegou Barreto.
***
Naomar chama de ‘mal necessário’
O reitor da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Naomar Almeida, afirma que as fundações são um “mal necessário” porque a autonomia universitária é só nominal, não existindo na esfera administrativa. “De alguma forma, as fundações permitem essa autonomia. No momento em que a universidade adquirir a verdadeira autonomia administrativa, as fundações não serão mais necessárias”, avalia, acrescentando que as regras existentes na gestão pública são produtoras de dificuldades.
Entre os obstáculos administrativos, Almeida cita o fato de a União, o MEC e, conseqüentemente, as universidades possuírem orçamento prefixado. “Se a minha instituição for eficiente em captar financiamento para pesquisa com muita competência pode ter que recusar por não ter rubrica orçamentária. Quanto mais ágil e competente for a captação, maior o grau de dificuldade de incluí-la no orçamento público pré-definido”, pontuou o reitor, explicando que esta é uma das funções que as fundações desempenham. Quanto à cobrança dos cursos, Naomar diz que é um equívoco as fundações chamarem os cursos de extensão de pós-graduação.
***
Denúncias afastam reitor da UNB
As irregularidades nas relações das fundações com as universidades federais ganharam destaque no início do ano após as denúncias contra o ex-reitor da Universidade de Brasília (UNB), Timothy Mulholland, acusado de gastar R$470 mil de verba da Finatec, fundação destinada à pesquisa, na decoração de um apartamento funcional. As denúncias levaram ao afastamento do reitor.
Na última segunda-feira, o ministro da Educação, Fernando Haddad, anunciou medidas para limitar a ação das fundações junto às universidades. Entre outras medidas, a portaria baixada pelo ministro determina que as contas e o estatuto das fundações sejam submetidos aos conselhos universitários e que todos os repasses feitos para as universidades sejam feitos em dinheiro e incorporados à receita das instituições, ficando sujeitos às regras de licitação. Ainda segundo o ministério, as fundações que não se adequarem a essas normas não terão o credenciamento renovado.
*Colaborou Marcelo Brandão
***
Conflito entre público e privado
Na prática, as fundações se confundem com as instituições públicas de ensino superior. Na Ufba, são vários os exemplos. A Faculdade de Direito abriga a fundação de mesmo nome nas suas instalações, com salas e equipamentos destinados exclusivamente às atividades promovidas pela fundação. Na Escola de Administração, o andar reservado para os mestrados profissionalizantes possui uma catraca separando as salas dos professores que coordenam os cursos de pós-graduação oferecidos pela Fundação Escola de Administração (FEA).
Segundo o conselheiro João Gabriel, os professores que ministram os cursos de pós-graduação na faculdade possuem as piores avaliações entre os docentes da graduação em administração, evidenciando um conflito de interesses entre as duas atividades. A legislação prevê a contribuição esporádica do corpo docente em cursos de especialização, “desde que não implique em prejuízo das suas atribuições”. Cursos de pós-graduação com oferta regular de vagas não podem ter cobrança de mensalidade.
Outra vertente de atuação das fundações seria nas prestações de serviços de consultoria e seleção de mão-de-obra para órgãos públicos e empresas privadas. Na lista de “clientes” das fundações figuram Sebrae, Secretaria de Saúde do Estado, Braskem, Pirelli, Votorantim, Coelba, Petrobrás, Siemens. TIM, Semp Toshiba, além de várias prefeituras. “Qualquer contrato dessa natureza deve ser aprovado pelo conselho universitário” , adverte Emanuel Freire, outro conselheiro e membro do DCE.
Ele questiona a adequação dos serviços prestados ao PDI (Plano de Desenvolvimento Institucional) da Ufba, que determina, entre outras coisas, a aproximação dos estudantes das atividades de pesquisa. “Nenhuma minuta de contrato foi fornecida ao conselho”, critica Emanuel. A lei que regulamenta as fundações estabelece ainda que “atividades desenvolvidas contraprestaçã o pecuniária serão fonte complementar de recursos para o desenvolvimento e melhoria das atividades de ensino pesquisa e extensão, mas as fundações sequer informam o valor dos contratos”.
***
Cobrança ilegal de mensalidade
Os cursos oferecidos pelas fundações, nas unidades pertencentes à Ufba, fornecem diploma em nome da universidade, ainda que com cobrança de mensalidades. Na representação que planejam encaminhar ao Ministério Público, os estudantes questionam essa cobrança, bem como a utilização da estrutura, corpo docente e do patrimônio imaterial da universidade, a marca Ufba, como produto.
Eles se baseiam em decisão da Procuradoria Regional do Ministério Público em São Paulo, que recomendou à Unifesp (Universidade Federal do Estado de São Paulo) cessar a cobrança de todo tipo de inscrição, matrícula ou mensalidade, inclusive em cursos de especialização, bem como ressarcir os estudantes que comprovarem ter efetuado qualquer pagamento à instituição. O objetivo é obrigar as fundações ligadas à Ufba a fazer o mesmo. Na Escola de Administração, um mestrado profissionalizante chega a custar R$25 mil.
João Gabriel Cabral
DCE UFBA
Campo Ousar Ser Diferente
DM - PT SSA
Fundações privadas cobram por cursos na Ufba
Denúncia é objeto de representação do Diretório Central dos Estudantes junto ao Ministério Público
Alan Rodrigues e Perla Ribeiro
Utilização de espaço público, professores, equipamentos e o mais valioso: o nome e o prestígio da Universidade Federal da Bahia (Ufba). Fundações de direito privado instaladas dentro da Ufba oferecem cursos de pós-graduação com cobrança de mensalidades e diplomas emitidos pela universidade pública, onde todo ensino deve ser oferecido gratuitamente de acordo com a Constituição Federal.
Além disso, as fundações firmam contratos com governos e iniciativa privada para prestação de serviços vários, não submetidos ou aprovados pelas congregações dos cursos a que estão vinculadas, como manda a lei, a título de captação de recursos. Estas e outras irregularidades são objeto de uma representação que se encontra em fase de elaboração, a ser movida pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Ufba junto ao Ministério Público Federal (MPF), solicitando uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) nas cinco fundações hoje em atividade na universidade.
Paralelo a isso, já tramita desde 2006 uma ação civil pública no MPF que está apurando se há irregularidade ou não na cobrança dos cursos e na contratação de funcionários para a universidade via fundações. O processo ainda não foi finalizado, mas o procurador da república do MPF na Bahia, Israel Gonçalves, informou que todos os indícios “levam a crer que há irregularidades que podem levar à suspensão da cobrança dos cursos”.
Embora o Ministério da Educação (MEC) considere que pós-graduação é extensão e não ensino, o que facultaria a cobrança, no entendimento do procurador a modalidade também é tida como ensino e sua oferta não deveria ser cobrada. “O MEC defende essa tese porque é uma forma de as universidades ganharem dinheiro. Com as fundações, se consegue custear coisas que o governo deveria bancar. Por isso, o MEC fecha os olhos para a questão”, avalia Gonçalves.
Registros negados - Dados levantados na época apontaram para a existência de 63 cursos ofertados pelas fundações. Das cinco existentes, apenas a Fundação de Apoio à Pesquisa e Extensão (Fapex) conseguiu o recredenciamento no Ministério da Educação (MEC) no ano passado. Três tiveram o registro negado – fundações ADM, Escola de Administração (FEA) e Escola Politécnica (FEP). A Fundação Faculdade de Direito da Bahia (FFDB) alega ter encaminhado pedido de credenciamento em outubro de 2007, mas até hoje o processo não chegou às mãos do conselho universitário.
Composto por 53 membros, entre professores, servidores e estudantes, o conselho é o órgão responsável por avalizar os pedidos de credenciamento encaminhados ao MEC. Em agosto do ano passado, a diretoria recém-empossada do DCE assumiu as dez cadeiras reservadas para os estudantes e, apesar dos pareceres favoráveis das comissões incumbidas de analisar os pedidos das fundações, pediu vistas dos processos e optou por veto às três fundações citadas, como conta um dos estudantes conselheiros, João Gabriel Cabral. Sem o credenciamento, as fundações são impedidas de firmar novos contratos.
Devido à facilidade proporcionada pela ausência de controle público, as fundações também são freqüentemente utilizadas para contratação de servidores que atuam na universidade, uma forma de burlar a realização de concurso público. Sob o pretexto de agilizar a reposição de pessoal, faculdades como a de Administração, que possui 155 trabalhadores contratados via FEA, ou Direito, com 14, fecham os olhos para mais uma ilegalidade. Pela lei, as fundações só podem firmar contratos temporários.
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AS FUNDAÇÕES foram regulamentadas pela lei 8.958/94 e, por definição legal, têm a função de fornecer “apoio ao ensino, pesquisa e extensão” em universidades públicas ou privadas reconhecidas pelo MEC; “administrar recursos para iniciativas nas áreas pública e privada em diversos estados”; e tornar mais ágeis as atividades de pesquisa e extensão”, driblando as “amarras de órgãos de controle interno e externo” a que as universidades públicas estão submetidas. As definições citadas constam do site da Fapex, hospedado no portal da Ufba, no tópico que define a origem da fundação.
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Instituições rebatem críticas
Representantes de fundações não vêem qualquer ilegalidade em cobrar pela oferta dos cursos. “Ilegal eu acredito que não seja, senão não haveria vários núcleos que oferecem estes cursos”, considerou o superintendente da Fundação da Escola de Administração (FEA), Luiz Marques, que também é professor da Ufba. Ele diz ter conhecimento dos questionamento, mas que a universidade vive com problemas de orçamento e as fundações representam uma das formas de elas conseguirem se manter.
“Somos os gerentes operacionais destes cursos”, explicou Marques. Ainda segundo ele, a maior parte dos recursos é revertida para a própria universidade. Já o diretor executivo da Fapex, Osvaldo Barreto, explicou que a fundação não lança nenhum curso, mas sim, é a gestora administrativa e financeira da universidade. “A Ufba faz contrato com a fundação para gerir contratos, não temos a iniciativa de criar tampouco de cobrar pelos cursos”, alegou Barreto.
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Naomar chama de ‘mal necessário’
O reitor da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Naomar Almeida, afirma que as fundações são um “mal necessário” porque a autonomia universitária é só nominal, não existindo na esfera administrativa. “De alguma forma, as fundações permitem essa autonomia. No momento em que a universidade adquirir a verdadeira autonomia administrativa, as fundações não serão mais necessárias”, avalia, acrescentando que as regras existentes na gestão pública são produtoras de dificuldades.
Entre os obstáculos administrativos, Almeida cita o fato de a União, o MEC e, conseqüentemente, as universidades possuírem orçamento prefixado. “Se a minha instituição for eficiente em captar financiamento para pesquisa com muita competência pode ter que recusar por não ter rubrica orçamentária. Quanto mais ágil e competente for a captação, maior o grau de dificuldade de incluí-la no orçamento público pré-definido”, pontuou o reitor, explicando que esta é uma das funções que as fundações desempenham. Quanto à cobrança dos cursos, Naomar diz que é um equívoco as fundações chamarem os cursos de extensão de pós-graduação.
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Denúncias afastam reitor da UNB
As irregularidades nas relações das fundações com as universidades federais ganharam destaque no início do ano após as denúncias contra o ex-reitor da Universidade de Brasília (UNB), Timothy Mulholland, acusado de gastar R$470 mil de verba da Finatec, fundação destinada à pesquisa, na decoração de um apartamento funcional. As denúncias levaram ao afastamento do reitor.
Na última segunda-feira, o ministro da Educação, Fernando Haddad, anunciou medidas para limitar a ação das fundações junto às universidades. Entre outras medidas, a portaria baixada pelo ministro determina que as contas e o estatuto das fundações sejam submetidos aos conselhos universitários e que todos os repasses feitos para as universidades sejam feitos em dinheiro e incorporados à receita das instituições, ficando sujeitos às regras de licitação. Ainda segundo o ministério, as fundações que não se adequarem a essas normas não terão o credenciamento renovado.
*Colaborou Marcelo Brandão
***
Conflito entre público e privado
Na prática, as fundações se confundem com as instituições públicas de ensino superior. Na Ufba, são vários os exemplos. A Faculdade de Direito abriga a fundação de mesmo nome nas suas instalações, com salas e equipamentos destinados exclusivamente às atividades promovidas pela fundação. Na Escola de Administração, o andar reservado para os mestrados profissionalizantes possui uma catraca separando as salas dos professores que coordenam os cursos de pós-graduação oferecidos pela Fundação Escola de Administração (FEA).
Segundo o conselheiro João Gabriel, os professores que ministram os cursos de pós-graduação na faculdade possuem as piores avaliações entre os docentes da graduação em administração, evidenciando um conflito de interesses entre as duas atividades. A legislação prevê a contribuição esporádica do corpo docente em cursos de especialização, “desde que não implique em prejuízo das suas atribuições”. Cursos de pós-graduação com oferta regular de vagas não podem ter cobrança de mensalidade.
Outra vertente de atuação das fundações seria nas prestações de serviços de consultoria e seleção de mão-de-obra para órgãos públicos e empresas privadas. Na lista de “clientes” das fundações figuram Sebrae, Secretaria de Saúde do Estado, Braskem, Pirelli, Votorantim, Coelba, Petrobrás, Siemens. TIM, Semp Toshiba, além de várias prefeituras. “Qualquer contrato dessa natureza deve ser aprovado pelo conselho universitário” , adverte Emanuel Freire, outro conselheiro e membro do DCE.
Ele questiona a adequação dos serviços prestados ao PDI (Plano de Desenvolvimento Institucional) da Ufba, que determina, entre outras coisas, a aproximação dos estudantes das atividades de pesquisa. “Nenhuma minuta de contrato foi fornecida ao conselho”, critica Emanuel. A lei que regulamenta as fundações estabelece ainda que “atividades desenvolvidas contraprestaçã o pecuniária serão fonte complementar de recursos para o desenvolvimento e melhoria das atividades de ensino pesquisa e extensão, mas as fundações sequer informam o valor dos contratos”.
***
Cobrança ilegal de mensalidade
Os cursos oferecidos pelas fundações, nas unidades pertencentes à Ufba, fornecem diploma em nome da universidade, ainda que com cobrança de mensalidades. Na representação que planejam encaminhar ao Ministério Público, os estudantes questionam essa cobrança, bem como a utilização da estrutura, corpo docente e do patrimônio imaterial da universidade, a marca Ufba, como produto.
Eles se baseiam em decisão da Procuradoria Regional do Ministério Público em São Paulo, que recomendou à Unifesp (Universidade Federal do Estado de São Paulo) cessar a cobrança de todo tipo de inscrição, matrícula ou mensalidade, inclusive em cursos de especialização, bem como ressarcir os estudantes que comprovarem ter efetuado qualquer pagamento à instituição. O objetivo é obrigar as fundações ligadas à Ufba a fazer o mesmo. Na Escola de Administração, um mestrado profissionalizante chega a custar R$25 mil.
João Gabriel Cabral
DCE UFBA
Campo Ousar Ser Diferente
DM - PT SSA
terça-feira, abril 22, 2008
Do Rio

Toda contenção é limitada pelo poder que se prende.
A força do rio está no movimeto da água
que corre junta e separada, que não pode secar.
Quando as águas que conheci passaram, quem sou este
que retorna!
A água vai e o rio ficará! Quem sou eu este que recorda!
Escuto a mesma música da minha adolescência.
Nela cada nota está no lugar. Tudo mudar não mudou
muito.
Tudo mudar. Tudo mudar.
Saber viver sozinho é uma ciência, saber com quem você
pode contar.
Cada momento destrói minha velha ilusão.
O que é a verdade então, além de ruinas?
Saber viver sozinho.
Não me vejo mais na imagem que este rio reflete.
Mudar de forma, não se conforma.
Mas me escuto no barulho da água que corre.
Que muda de forma. Que não se conforma.
- Colligere
segunda-feira, abril 21, 2008
Maio de 68
Maio de 68
Dos 40 anos do levante juvenil às leituras do mundo contemporâneo
'Sejamos realistas; demandemos o impossível!'
Sessões de debates e exibições de filmes
Escola de Administração da UFBA, de 06 a 14 de maio de 2008
Entrada e inscrição gratuitas: labmundo@ufba. br
Informações: http://cinelabmundo .blogspot. com/ ou 3283-7351
O Labmundo (Laboratório de Análise Política Mundial) – grupo de pesquisa da UFBA na área de Relações Internacionais, coordenado pelo prof. Dr. Carlos R. S. Milani e pela profª. Drª. Ruthy Nadia Laniado – promove entre os dias 06 e 14 de maio uma discussão historiograficament e diferenciada e multidisciplinar acerca do contexto de contestação da década de 60. Multidisciplinar porque acredita que fenômenos desta importância política devem ser entendidos em sua complexidade, adotando perspectivas que colocam em diálogo a ciência política e a história, a sociologia, a economia etc. Historiograficament e diferenciada porque, na perspectiva historiográfica de Eric Hobsbawn, abandona o senso comum acerca do significado de Maio de 68 a fim de problematizá- lo e ressignificá- lo. Assim, o presente evento entende o Maio de 68 não apenas como os acontecimentos parisienses - que, definitivamente, entraram para a história de conhecimento geral -, mas expande-o para os acontecimentos em diversas partes do mundo que abalaram o status quo político, social e cultural, não apenas da estrutura e ordem capitalistas, mas também do que, à época, se considerava o modelo de contestação, ou seja, as experiências do socialismo real e o ideal revolucionário de tomada do poder por meio da luta armada. Desse modo, o Maio de 68 é a parte mais conhecida e, quiçá, mais emblemática, de um processo histórico muito mais amplo que se iniciou antes de 68 e terminou bem depois. O evento proposto, então, objetiva discutir as diversas faces do processo histórico em tela: a Primavera de Praga, os movimentos pacifistas contra a Guerra do Vietnã, o movimento dos direitos civis dos negros norte-americanos, a queima de sutiãs pelas mulheres, o levante estudantil em Paris, o movimento hippie, a reação contra os estudantes no Zócalo na Cidade do México, bem como os contextos particulares, como no caso do Brasil, marcado pela recrudescência de uma ditadura militar através da edição do AI-5.
Nesse sentido, a questão que ora se levanta é entender a atmosfera social ampla, aquilo que Max Weber chamaria de ethos de uma época. O que distancia e o que aproxima as diferentes expressões de uma época marcada pela turbulência e pela irreverência perante os modelos rígidos da política (capitalista ou socialista)?
Ademais, o evento se encontra na confluência de diversas discussões que serão travadas em todo o mundo acerca dos 40 anos do maio de 68 francês. Nossa idéia foi ampliar esse entendimento limitado e eurocêntrico de duas formas: a) adotando a nomenclatura 'maio de 68', mas ampliando o escopo de análise para acontecimentos históricos ocorridos em outras partes do mundo e, b) incluindo as reações do establishment ao contexto, como no já citado caso da edição do AI-5 no Brasil.
Por fim, ligando-se aos estudos da política internacional, o evento transcende a década de 60 e busca compreender seus desdobramentos até os dias atuais a partir de alguns questionamentos centrais. Quais são os efeitos do declínio do imaginário utópico socialista para a ordem política e que implicações esse fenômeno traz para o mundo da vida cotidiana dos atores? Quais os contornos da nova ordem mundial contemporânea? Como se apresenta a contestação após o fim da bipolaridade? E, ainda, quais os possíveis rumos do pensamento crítico em um contexto de hegemonia do pensamento neoliberal?
Programação:
06/05 (terça) - 18:30h, Auditório da Escola de Administração da UFBA (Vale do Canela)
Mesa com: Ruy Cezar (ex-presidente da UNE), prof. Muniz Ferreira, prof. Emiliano José, prof.Ubiratan Castro
Mediador: prof. Silvio Benevides
Tema: As diversas faces de 68: do Brasil ao mundo. Antecedentes, causas e conseqüências do levante estudantil. Os diversos aspectos sociais, culturais, econômicos e políticos.
08/05 (quinta) - 18:30h, Escola de Administração da UFBA (Vale do Canela)
CineLabmundo exibe Os sonhadores
Debatedor: prof. Antônio Câmara
Tema: 68: implicações no mundo da vida cotidiana. Engajamento e apatia. Consciência política e compartilhamento de valores alternativos.
12/05 (segunda) - 18:30h, Escola de Administração da UFBA (Vale do Canela)
CineLabmundo exibe Adeus, Lenin
Debatedora: profª. Enara Echart
Tema: O declínio do socialismo (regimes e utopias) e sua conseqüência na ordem mundial e no imaginário dos atores sociais.
13/05 (terça) - 18:30h, Escola de Administração da UFBA (Vale do Canela)
CineLabmundo exibe Edukators
Debatedor: prof. Jorge Almeida
Tema: Novas formas de contestação em um contexto de pulverização da ação emancipatória frente ao pensamento único neoliberal.
14/05 (quarta) - 18:30h, Auditório da Escola de Administração da UFBA (Vale do Canela)
Mesa com: Felippe Silva Ramos, profª. Ruthy Nadia Laniado, prof. Paulo Fábio Dantas Neto, profª. Maria Victoria Espiñeira
Mediador: prof. Carlos R. S. Milani
Tema: Juventudes contemporâneas e expressões do movimento estudantil hoje. As faces da nova ordem política mundial pós-Guerra Fria. Novas formas de contestação e novos atores no cenário político.
Coquetel de encerramento.
Tempo de exposição de cada debatedor nas mesas: 25 minutos.
Tempo de exposição de cada debatedor nas sessões do CineLabmundo: 20 minutos
Organização do evento: Felippe Silva Ramos (felippejoplin@ gmail.com) e Silvio César O. Benevides (scobene@uol. com.br)
Realização: Labmundo – Laboratório de Análise Política Mundial (labmundo@ufba. br)
Dos 40 anos do levante juvenil às leituras do mundo contemporâneo
'Sejamos realistas; demandemos o impossível!'
Sessões de debates e exibições de filmes
Escola de Administração da UFBA, de 06 a 14 de maio de 2008
Entrada e inscrição gratuitas: labmundo@ufba. br
Informações: http://cinelabmundo .blogspot. com/ ou 3283-7351
O Labmundo (Laboratório de Análise Política Mundial) – grupo de pesquisa da UFBA na área de Relações Internacionais, coordenado pelo prof. Dr. Carlos R. S. Milani e pela profª. Drª. Ruthy Nadia Laniado – promove entre os dias 06 e 14 de maio uma discussão historiograficament e diferenciada e multidisciplinar acerca do contexto de contestação da década de 60. Multidisciplinar porque acredita que fenômenos desta importância política devem ser entendidos em sua complexidade, adotando perspectivas que colocam em diálogo a ciência política e a história, a sociologia, a economia etc. Historiograficament e diferenciada porque, na perspectiva historiográfica de Eric Hobsbawn, abandona o senso comum acerca do significado de Maio de 68 a fim de problematizá- lo e ressignificá- lo. Assim, o presente evento entende o Maio de 68 não apenas como os acontecimentos parisienses - que, definitivamente, entraram para a história de conhecimento geral -, mas expande-o para os acontecimentos em diversas partes do mundo que abalaram o status quo político, social e cultural, não apenas da estrutura e ordem capitalistas, mas também do que, à época, se considerava o modelo de contestação, ou seja, as experiências do socialismo real e o ideal revolucionário de tomada do poder por meio da luta armada. Desse modo, o Maio de 68 é a parte mais conhecida e, quiçá, mais emblemática, de um processo histórico muito mais amplo que se iniciou antes de 68 e terminou bem depois. O evento proposto, então, objetiva discutir as diversas faces do processo histórico em tela: a Primavera de Praga, os movimentos pacifistas contra a Guerra do Vietnã, o movimento dos direitos civis dos negros norte-americanos, a queima de sutiãs pelas mulheres, o levante estudantil em Paris, o movimento hippie, a reação contra os estudantes no Zócalo na Cidade do México, bem como os contextos particulares, como no caso do Brasil, marcado pela recrudescência de uma ditadura militar através da edição do AI-5.
Nesse sentido, a questão que ora se levanta é entender a atmosfera social ampla, aquilo que Max Weber chamaria de ethos de uma época. O que distancia e o que aproxima as diferentes expressões de uma época marcada pela turbulência e pela irreverência perante os modelos rígidos da política (capitalista ou socialista)?
Ademais, o evento se encontra na confluência de diversas discussões que serão travadas em todo o mundo acerca dos 40 anos do maio de 68 francês. Nossa idéia foi ampliar esse entendimento limitado e eurocêntrico de duas formas: a) adotando a nomenclatura 'maio de 68', mas ampliando o escopo de análise para acontecimentos históricos ocorridos em outras partes do mundo e, b) incluindo as reações do establishment ao contexto, como no já citado caso da edição do AI-5 no Brasil.
Por fim, ligando-se aos estudos da política internacional, o evento transcende a década de 60 e busca compreender seus desdobramentos até os dias atuais a partir de alguns questionamentos centrais. Quais são os efeitos do declínio do imaginário utópico socialista para a ordem política e que implicações esse fenômeno traz para o mundo da vida cotidiana dos atores? Quais os contornos da nova ordem mundial contemporânea? Como se apresenta a contestação após o fim da bipolaridade? E, ainda, quais os possíveis rumos do pensamento crítico em um contexto de hegemonia do pensamento neoliberal?
Programação:
06/05 (terça) - 18:30h, Auditório da Escola de Administração da UFBA (Vale do Canela)
Mesa com: Ruy Cezar (ex-presidente da UNE), prof. Muniz Ferreira, prof. Emiliano José, prof.Ubiratan Castro
Mediador: prof. Silvio Benevides
Tema: As diversas faces de 68: do Brasil ao mundo. Antecedentes, causas e conseqüências do levante estudantil. Os diversos aspectos sociais, culturais, econômicos e políticos.
08/05 (quinta) - 18:30h, Escola de Administração da UFBA (Vale do Canela)
CineLabmundo exibe Os sonhadores
Debatedor: prof. Antônio Câmara
Tema: 68: implicações no mundo da vida cotidiana. Engajamento e apatia. Consciência política e compartilhamento de valores alternativos.
12/05 (segunda) - 18:30h, Escola de Administração da UFBA (Vale do Canela)
CineLabmundo exibe Adeus, Lenin
Debatedora: profª. Enara Echart
Tema: O declínio do socialismo (regimes e utopias) e sua conseqüência na ordem mundial e no imaginário dos atores sociais.
13/05 (terça) - 18:30h, Escola de Administração da UFBA (Vale do Canela)
CineLabmundo exibe Edukators
Debatedor: prof. Jorge Almeida
Tema: Novas formas de contestação em um contexto de pulverização da ação emancipatória frente ao pensamento único neoliberal.
14/05 (quarta) - 18:30h, Auditório da Escola de Administração da UFBA (Vale do Canela)
Mesa com: Felippe Silva Ramos, profª. Ruthy Nadia Laniado, prof. Paulo Fábio Dantas Neto, profª. Maria Victoria Espiñeira
Mediador: prof. Carlos R. S. Milani
Tema: Juventudes contemporâneas e expressões do movimento estudantil hoje. As faces da nova ordem política mundial pós-Guerra Fria. Novas formas de contestação e novos atores no cenário político.
Coquetel de encerramento.
Tempo de exposição de cada debatedor nas mesas: 25 minutos.
Tempo de exposição de cada debatedor nas sessões do CineLabmundo: 20 minutos
Organização do evento: Felippe Silva Ramos (felippejoplin@ gmail.com) e Silvio César O. Benevides (scobene@uol. com.br)
Realização: Labmundo – Laboratório de Análise Política Mundial (labmundo@ufba. br)
quinta-feira, abril 17, 2008
FHC vc é FDP
domingo, março 23, 2008
sexta-feira, fevereiro 08, 2008
sábado, janeiro 26, 2008
Chico e Caê no msn
Chico Buarque de Hollanda diz:
Olá, Caetano. Aqui é o Chico. Como vai você? Estou numa correria aqui, tem que correr de milico o tempo todo; outro dia me mandaram um envelope anônimo e eu pensei que era uma bomba: tive muito cuidado, mas foi tudo em vão, afinal, era só uma carta do poetinha Vinicius me convidando para passar o final de semana em sua casa. Imagine só. Mande um abraço para o Gil, estou com saudades da prole.
Com carinho, Chico Buarque.
C@etano Veloso - roooock! yeee! A vida é linda! diz:
Ooww Chiquinho!
C@etano Veloso - roooock! yeee! A vida é linda! diz:
que isso!
C@etano Veloso - roooock! yeee! A vida é linda! diz:
Vc tem que se atualizar, cara! Tem q parar de escrever todas as mensagens como c fossem cartas! Affff.. atualiza! VIVA ROCK, Chico! Ou não.
C@etano Veloso - roooock! yeee! A vida é linda! acabou de pedir a atenção de Chico Buarque de Hollanda.
Chico Buarque de Hollanda diz:
Olá, Caetano. Aqui é o Chico. Suas reclamações são constantes. Não entendo. Vou te enviar uma canção minha pra você tentar completar a música.
Com carinho, Chico.
A transferência de "Vai levando.txt" está concluída.
C@etano Veloso - roooock! yeee! A vida é linda! diz:
nossa chico! Que coisa linda! É uma coisa assim linda... Coisa amara! Vou terminar a letra com muito carinho, viu. Vou te enviar assim que puder. Que coisa criativa! Que coisa linda! Nossa chiquinho, amara.... te aaamo!
Chico Buarque de Hollanda diz:
Olá, Caetano. Chico falando. É realmente bonita, estou gostando dela, tente dar seu melhor. Se não conseguir, jogue-a pelo buraco da pia ou por outro que estiver à mão. Para terminar, um pouco de humor: Por que o frango atravessou a rua, Caetano?
Abraço, com carinho, Chico.
C@etano Veloso - roooock! yeee! A vida é linda! diz:
O frango é amaro, é lindo, uma coisa assim amara... Ele atravessou, atravessa e atravessará a estrada porque Narciso, filho de Anô, quer comê-lo... ou não! O frango é lindo, chiquinho..... te aamo!
Falha ao entregar mensagem para Chico Buarque de Hollanda. O usuário parece estar offline.
Da comunidade "Famosos Diálogos por MSN"
Autor: Tauil
Olá, Caetano. Aqui é o Chico. Como vai você? Estou numa correria aqui, tem que correr de milico o tempo todo; outro dia me mandaram um envelope anônimo e eu pensei que era uma bomba: tive muito cuidado, mas foi tudo em vão, afinal, era só uma carta do poetinha Vinicius me convidando para passar o final de semana em sua casa. Imagine só. Mande um abraço para o Gil, estou com saudades da prole.
Com carinho, Chico Buarque.
C@etano Veloso - roooock! yeee! A vida é linda! diz:
Ooww Chiquinho!
C@etano Veloso - roooock! yeee! A vida é linda! diz:
que isso!
C@etano Veloso - roooock! yeee! A vida é linda! diz:
Vc tem que se atualizar, cara! Tem q parar de escrever todas as mensagens como c fossem cartas! Affff.. atualiza! VIVA ROCK, Chico! Ou não.
C@etano Veloso - roooock! yeee! A vida é linda! acabou de pedir a atenção de Chico Buarque de Hollanda.
Chico Buarque de Hollanda diz:
Olá, Caetano. Aqui é o Chico. Suas reclamações são constantes. Não entendo. Vou te enviar uma canção minha pra você tentar completar a música.
Com carinho, Chico.
A transferência de "Vai levando.txt" está concluída.
C@etano Veloso - roooock! yeee! A vida é linda! diz:
nossa chico! Que coisa linda! É uma coisa assim linda... Coisa amara! Vou terminar a letra com muito carinho, viu. Vou te enviar assim que puder. Que coisa criativa! Que coisa linda! Nossa chiquinho, amara.... te aaamo!
Chico Buarque de Hollanda diz:
Olá, Caetano. Chico falando. É realmente bonita, estou gostando dela, tente dar seu melhor. Se não conseguir, jogue-a pelo buraco da pia ou por outro que estiver à mão. Para terminar, um pouco de humor: Por que o frango atravessou a rua, Caetano?
Abraço, com carinho, Chico.
C@etano Veloso - roooock! yeee! A vida é linda! diz:
O frango é amaro, é lindo, uma coisa assim amara... Ele atravessou, atravessa e atravessará a estrada porque Narciso, filho de Anô, quer comê-lo... ou não! O frango é lindo, chiquinho..... te aamo!
Falha ao entregar mensagem para Chico Buarque de Hollanda. O usuário parece estar offline.
Da comunidade "Famosos Diálogos por MSN"
Autor: Tauil
domingo, dezembro 16, 2007
quarta-feira, novembro 28, 2007
sábado, novembro 17, 2007
quinta-feira, outubro 25, 2007
discussão de cds
gaera vamos movimentar isso aki...
1- www.inrainbows.com
2- http://rapidshare.com/files/38743501/Interpol_-_Our_Love_To_Admire__2007_.zip.html
1- cd novo do radiohead, digita um valor q o cd vale e baixa, pode ser de graça, digitando o valor 0.00£
2- interpol, eh na pirataria msm
opiniao
radiohead manteve a msm formula de psicodelia pop.... decente....
interpol mudou, no incio soou estranho, mas com o tempo eh legal....
baixem ai e me fale
1- www.inrainbows.com
2- http://rapidshare.com/files/38743501/Interpol_-_Our_Love_To_Admire__2007_.zip.html
1- cd novo do radiohead, digita um valor q o cd vale e baixa, pode ser de graça, digitando o valor 0.00£
2- interpol, eh na pirataria msm
opiniao
radiohead manteve a msm formula de psicodelia pop.... decente....
interpol mudou, no incio soou estranho, mas com o tempo eh legal....
baixem ai e me fale
quinta-feira, setembro 27, 2007
terça-feira, agosto 07, 2007
É sempre bom descobrir coisas novas...mas é estranho quando você as descobre e não tem a quem contar..ou quem você gostaria de contar suas novas "descobertas" não pode mais estar presente..Na verdade sempre haverá a presença no coração, mas somos humanos e precisamos de contato pra nos alimentarmos. No seu caso, Baby, vou me alimentar mesmo das lembranças e do seu sorriso shy..muito cômico. Sinto sua falta...gostaria de lhe contar que eu e meu coroa finalmente nos acertamos (parece né...mas por enquanto estou feliz com a paz...mesmo que não dure...mas vai durar..) e que eu finalmente consegui me livrar dos fantasmas do meu passado. Eu precisei tomar decisões radicais e weirds. Está valendo a pena..Obrigada por ter me dado um help naquela madrugada no sense. Se não fosse você eu não estaria aqui.
At last de Etta James ecoando aqui no quarto....gostaria de concluir as coisas que começo a fazer, mas deixar as coisas pela metade está se tornando uma constante. Mas...é verdade quando dizem que sempre existirá uma exceção.
Na verdade, Baby, de verdade, eu não estou plenamente feliz...nem sei se essa felicidade plena existe..acho que não. Mas será que a nossa felicidade é como...ia fazer uma analogia barata...você com certeza me entenderia. hohoho..
O que não pode acontecer é deixar que a emoção vá embora..quero tocar blues.Vai demorar....
At last de Etta James ecoando aqui no quarto....gostaria de concluir as coisas que começo a fazer, mas deixar as coisas pela metade está se tornando uma constante. Mas...é verdade quando dizem que sempre existirá uma exceção.
Na verdade, Baby, de verdade, eu não estou plenamente feliz...nem sei se essa felicidade plena existe..acho que não. Mas será que a nossa felicidade é como...ia fazer uma analogia barata...você com certeza me entenderia. hohoho..
O que não pode acontecer é deixar que a emoção vá embora..quero tocar blues.Vai demorar....
domingo, agosto 05, 2007
Resposta a "Um mês"
eu meio q não quero escrever nada
só fiquei na cama hoje, ouvi mogwai com certa intensidade e é isso.
sei que um dia se fará um ano, dois anos, e eu n imagino como isso começa a se tornar uma idéia consideravelmente aceitável.
é estranho q eu falava pra ele que se alguém morresse eu ia levar a idéia com muita naturalidade e tudo mais. Ele deu uma discordada as vezes, mas no fim ele me disse que o triste não era morrer, era envelhecer.
E agora, eu vejo como eu posso mudar rapidinho. Porra de aceitável. Aquele caixão, aff...
A cena que ficou mais presente em minha mente foi vc indo na frente, e voltando com a cara na boca, com os olhos cheio de lágrimas. Eu quase rí aquela hora, acho q foi desespero por ver que as coisas não eram brincadeira.
As vezes eu acho q o mundo tem que acabar em 2012 mesmo, porque além das coisas ainda estarem recentes, eu vou poder reencontrar ele de novo, em teoria.
A pior coisa que eu posso acreditar agora é que acabou pra sempre e que viver é só isso. Que não vai existir algo que resete tudo e eu volte a aquela relação engraçada que tinhamos, por mais que parecesse viadagem. De voltar pra isba e pular nas costas dele e ele, carinhosamente me jogar contra a parede.
Não sei. O pior mesmo vai ser não ver ele lendo meus textos e dizendo que gostou. Ou me ligando, dizendo que fez um blog novo e que agora ele vai dar conta.
Essas coisas que as vezes não damos tanta importância, mas, no fim, é o que vai fazer mais falta, justamente por sua simplicidade.
Bem, eu disse que não ia escrever nada e não vou. Uma dor de cabeça começa a ser desenhada em minha mente e eu não quero isso agora.
To com o corpo meio cansado, não sei porque, hoje o dia está pesado, e sinto ele em minhas costas.
abraço galinácio
(Anderson Bastos)
só fiquei na cama hoje, ouvi mogwai com certa intensidade e é isso.
sei que um dia se fará um ano, dois anos, e eu n imagino como isso começa a se tornar uma idéia consideravelmente aceitável.
é estranho q eu falava pra ele que se alguém morresse eu ia levar a idéia com muita naturalidade e tudo mais. Ele deu uma discordada as vezes, mas no fim ele me disse que o triste não era morrer, era envelhecer.
E agora, eu vejo como eu posso mudar rapidinho. Porra de aceitável. Aquele caixão, aff...
A cena que ficou mais presente em minha mente foi vc indo na frente, e voltando com a cara na boca, com os olhos cheio de lágrimas. Eu quase rí aquela hora, acho q foi desespero por ver que as coisas não eram brincadeira.
As vezes eu acho q o mundo tem que acabar em 2012 mesmo, porque além das coisas ainda estarem recentes, eu vou poder reencontrar ele de novo, em teoria.
A pior coisa que eu posso acreditar agora é que acabou pra sempre e que viver é só isso. Que não vai existir algo que resete tudo e eu volte a aquela relação engraçada que tinhamos, por mais que parecesse viadagem. De voltar pra isba e pular nas costas dele e ele, carinhosamente me jogar contra a parede.
Não sei. O pior mesmo vai ser não ver ele lendo meus textos e dizendo que gostou. Ou me ligando, dizendo que fez um blog novo e que agora ele vai dar conta.
Essas coisas que as vezes não damos tanta importância, mas, no fim, é o que vai fazer mais falta, justamente por sua simplicidade.
Bem, eu disse que não ia escrever nada e não vou. Uma dor de cabeça começa a ser desenhada em minha mente e eu não quero isso agora.
To com o corpo meio cansado, não sei porque, hoje o dia está pesado, e sinto ele em minhas costas.
abraço galinácio
(Anderson Bastos)
Um mês
Hoje, 4 de agosto
Hoje completa um mês que eu perdi um pedaço de mim
Um mês que um siena preto derrapou numa pista oleosa e colidiu com um uno
Um mês que eu descobri o que é perder um amigo querido
Um mês que me pego a pensar nas nossas conversas, gastações e planos futuros
Um mês que eu fui pra Nova Canaã só pra dar um último adeus
Um mês que entrei naquela igreja e te vi lá, deitado, sem aquele sorriso besta na cara
Um mês que eu liguei pros nosso amigos pra avisar a pior notícia que eu recebi na minha história
Um mês que depois de muito tempo, eu chorei
Um mês que eu olho pra suas fotos e com o desejo que tudo fosse uma grande mentira eu penso “que merda”
E durante esse mês, e pro resto da vida, aquela saudade do amigo, do pequeno príncipe, da insustentável leveza do ser; daquele que quando eu virei de costas pro túmulo eu sabia que não ia mais me ligar de madrugada falando “frango, tou na maior deprê, converse comigo ai” e eu com toda impaciência do mundo ouvia.
E agora sei que nunca mais vai voltar
É, pequeno príncipe, você vai fazer muita falta...
Hoje completa um mês que eu perdi um pedaço de mim
Um mês que um siena preto derrapou numa pista oleosa e colidiu com um uno
Um mês que eu descobri o que é perder um amigo querido
Um mês que me pego a pensar nas nossas conversas, gastações e planos futuros
Um mês que eu fui pra Nova Canaã só pra dar um último adeus
Um mês que entrei naquela igreja e te vi lá, deitado, sem aquele sorriso besta na cara
Um mês que eu liguei pros nosso amigos pra avisar a pior notícia que eu recebi na minha história
Um mês que depois de muito tempo, eu chorei
Um mês que eu olho pra suas fotos e com o desejo que tudo fosse uma grande mentira eu penso “que merda”
E durante esse mês, e pro resto da vida, aquela saudade do amigo, do pequeno príncipe, da insustentável leveza do ser; daquele que quando eu virei de costas pro túmulo eu sabia que não ia mais me ligar de madrugada falando “frango, tou na maior deprê, converse comigo ai” e eu com toda impaciência do mundo ouvia.
E agora sei que nunca mais vai voltar
É, pequeno príncipe, você vai fazer muita falta...
quarta-feira, julho 11, 2007
Bruna para Bb

Que vida engraçada.
Em todas as nossas conversas a gente teimava em falar do futuro. Em profetizar. Em subestimar...
É, meu amigo... Ele foi mais esperto. Ele nos deu uma rasteira.
A gente caiu. Doeu.
Mas então esse brilho todo me apareceu.
Aquele abraço me apareceu. Aquela perfeita reconstituição. Aquele calor que me tirou a respiração.
"A morte é só isso?". Talvez seja tudo isso!
Nós temos uma missão. Nós vamos cumprí-la. Nós vamos mais fundo. Juntos. Sempre!
E como se não bastassem lágrimas de tristeza, de egoísmo, por não poder mais aprender com as suas filosofias de busú, ou olhar dentro dos seus olhos azuis, ou alisar o seu cabelo rebelde (que prendiam as mãos lá dentro), ou rir dos seus sistes (O chimango), ou olhar o seu modo de esticar a mão, colocar na testa, esticar de novo, falando: "O que é isso, véi?", ou mesmo do modo como vc olhava pra cima pra depois soltar uma respiração diferente, que significava um início de risada, onde só vc via graça, ou quando vc reclamava da existência da matemática, ou quando vc respondia os seus súditos te chamando de "Jesus", ou quando tentava me ensinar os segredos do skate (mas eu era burra, ou sem jeito demais, pra poder aprender), ou quando falava da beleza de sorrir, da beleza de escrever, da beleza dos livros, da beleza de viver... De morrer. E sempre ficava vermelho quando eu te olhava, quando dava risada, quando resmungava.
Pedi perdão, e peço novamente, por essas lágrimas. Elas não conseguem se conter. Elas não conseguem deixar de fluir, como cachoeira, do leito dos meus olhos. Elas brilham por você.
Agradeço, porém, pelo: "Adorei te ver", e todas as coisas boas que vi junto com vc. Todas as fotografias, os sorrisos, os abraços, os beijos, os poemas, os livros, as discussões, os banhos que tive que esperar, os lanches no habib´s, as festas da casa de cestari, as conversas no ponto, as conversas no msn, as conversas no MIRC, o "olha o aviããão bebê", a saga pelo ventilador, a primeira vez que infringi a lei (hihihi), as festas na casa de joãozinho, as reclamações, as conversas na prainha, as vodkas, os vinhos, as músicas, los hermanos, radiohead, violão (ah.. como eu te alugava!!)... Enfim, TUDO!
Hoje sou mais feliz por ter em mim muito de você, e por saber que você está bem... Em mim. Bem... Em você.
A última imagem que tenho sua é como nessa foto. Luz...
Um guerreiro pra sempre. Por todas as dimensões...
A gente ainda tem muita coisa pra fazer/aprender/lutar junto.
Que Deus fique sempre com você. E você conosco.
domingo, julho 08, 2007
Amandinha para Bb
Meu deus... Ele morreu... É inacreditável, chocante... Morreu de uma forma insana, bruta... tô chocada,por dois motivos:ele morreu
e,de repente,eu não me sinto arrasada.......que era como eu deveria estar me sentindo.....mas ao mesmo tempo estou sentindo uma aflição por saber q nunca mais poderei vê......nunca mais vou poder ficar puta com ele por ter me dado um fora......nunca mais vou poder constrange-lo no msn com o meu "jeito" fake agressivo....que loucura.....não ,não,loucura é constatar que a vida continua......ele morreu e a vida continua
Não estou desesperada, não estou histérica, não estou chorando descontroladamente. Não, não, a minha vida não perdeu sentido com a morte dele.
Então, o que supostamente devo fazer agora??????Fingir que a minha vida mudou completamente com esta notícia??????Foi chocante, impactante... Mas não modificou o curso da minha vida... a verdade é que a morte não nos aflige(nós os colegas,conhecidos,ficantes,pretendentes....)Pela falta que ela nos proporciona,e sim pelo constrangimento que ela nos causa,a ponto de não sabermos o que fazer com as nossas mãos!
e,de repente,eu não me sinto arrasada.......que era como eu deveria estar me sentindo.....mas ao mesmo tempo estou sentindo uma aflição por saber q nunca mais poderei vê......nunca mais vou poder ficar puta com ele por ter me dado um fora......nunca mais vou poder constrange-lo no msn com o meu "jeito" fake agressivo....que loucura.....não ,não,loucura é constatar que a vida continua......ele morreu e a vida continua
Não estou desesperada, não estou histérica, não estou chorando descontroladamente. Não, não, a minha vida não perdeu sentido com a morte dele.
Então, o que supostamente devo fazer agora??????Fingir que a minha vida mudou completamente com esta notícia??????Foi chocante, impactante... Mas não modificou o curso da minha vida... a verdade é que a morte não nos aflige(nós os colegas,conhecidos,ficantes,pretendentes....)Pela falta que ela nos proporciona,e sim pelo constrangimento que ela nos causa,a ponto de não sabermos o que fazer com as nossas mãos!
sábado, julho 07, 2007
De Alice para Bb
Não sei o que dizer...apenas escrevo o que sinto, e sinto muito sua falta...vou sentir falta das nossas conversas loucas sobre aquilo que foi o que nos levou a nos aproximarmos: música...vou sentir falta de vc no ensaio e da sua cara de assustado com meu vocal... de como eu criticava o fato de vc gostar de los hermanos e de vc tentar me convencer que é perfeito...de como vc ficou impressionado com explosions in the sky e de como vc conseguia me levantar nos meus momentos de loucura total por causa de meu amor mal resolvido...das conversas de final de tarde na pracinha e no jardim sobre a vida...sobre como nossos pais são doidos e de como seria bom morar só, mas na mesma hora vinha a certeza de que não conseguiríamos nos manter...de vc tentando me explicar como se faz um pedal...de como eu te critiquei por vc não saber andar na lapa quando fomos assistir a mostra de animação na biblioteca central...de como rimos com o filme e de sua cara de perplexo por não saber que existia um lugar em salvador onde houvessem tantos filmes bons e baratos...vou sentir falta das conversas sobre a banda...das conversas sobre os planos...vou sentir falta do seu sorriso que eu dizia que era de menino...do seu cabelo doidão...das suas unhas de zé do caixão..do porre na festa de sua casa com dois copos de vodka...do "acorda pra vida!"...das conversas de 3h da manhã no msn e de vc tentando me impedir de fazer merda...dos seus desabafos sentimentais e das nossas risadas cômicas de tudo isso...de como nossa amizade surgiu e de como descobrimos que podemos formar laços fortes com pessoas que conhecemos a pouco tempo....de vc curtir com minha cara com meu nick de ponto ( .) no msn...de vc me chamar de senhora ponto...de vc rir das minhas crises existencias e de vc me criticar por eu ter dois msns...vou sentir falta do última conversa que tivemos antes de vc morrer no acidente e gostaria de ter conversado mais com vc, de ter te dito como vc é importante pra mim, como eu lembro de cada coisinha que conversamos e como, mesmo com a distância, não conseguimos perder o contato...na nossa última conversa vc disse que estava curioso pelo cd, e eu falei que vc seria um dos primeiros a ter.O cd está praticamente pronto e ele será seu, mas todo seu, como eu prometi. Prefiro ficar com a sua imagem sorrindo e com a lembrança das conversas doidas que sempre tivemos...queria ter te dito na segunda de madrugada que eu te amo, meu amigo.
De Volta ao Asteróide B-612


Jamais esquecerei o dia mais triste de toda minha breve existência. A destruição que cada lágrima produzia dentro de mim. A minha incapacidade de acreditar em absurdos. A minha perplexidade de olhar pra você e não dar risada. De olhar pra você e não te achar irresponsável. De não ter nunca mais o desprazer de esperar suas 2 horas de banho. E pior, depois disso ver que seu cabelo continua horrível.
São tantas lembranças que eu me sinto incapaz de chamar isso de texto-homenagem ou despedida. Você sabe que vivemos juntos por alguns anos. Arrisco dizer que em algumas épocas, eu vivia mais com você do que com minha própria família. Se bem que, durante algum tempo você foi minha família. Meu pai, meu filho e meu irmão.
Parece que toda uma vida passou diante dos meus olhos. Vi você crescer. Vi você praticamente deixar de ser um menininho-de-apartamento. Mesmo quando você virou alguém que eu achava fabuloso, continuei te chamando assim, mas era mentira.
Lembro que foi com você meu primeiro porre de vinho. A primeira vez que sentei numa mesa de bar pra tomar cerveja. O primeiro cigarro que consegui tragar. O primeiro baseado que fumei e por sinal, não bateu onda.
Melhor foi aquela madrugada no ‘portal’. Aquela ladeira mágica em Nova Canaã, onde deitamos com 2 garrafas de vinho Dom Bosco e ficamos vendo as milhares de estrelas cadentes que passavam e você me apontava, ou eu apontava pra você. As melhores eram as que nós víamos juntos.
Me arrependo amargamente dos 4 meses que passamos sem nos falar. Eu só queria ter mais um dia pra dizer que amava você, mais uma vez. Pra te dar mais um abraço, igual aquele que você me deu quando eu fui em Vitória da Conquista te chamar na sua sala. De poder tocar só mais uma vez O Ultimo Romance ou Casa pré-fabricada com você. De ficar ouvindo Explosions In The Sky na varanda da casa de sua avó e ficar conversando sobre a vida.
Só mais um dia pra esperar você ficar 2 horas no banho. Pra ouvir seus casos amorosos e contar o meu mais recente (que só lhe contei o princípio). Só mais um diazinho, pra eu dizer que você não é o Rei do Mundo, por me apresentar as melhores bandas existentes (mas você sabe que eu estava mentindo né?).
Só mais um dia pra te mostrar como eu estou conseguindo tocar As Blood Runs Black. Pra mostrar como o meu Harmônico Artificial está progredindo, sendo que o seu supera o meu milhões de vezes e eu nunca disse isso. Queria também que você me ligasse de madrugada mais uma vez, bêbado de preferência, e com sua voz triste me contasse alguma coisa. Depois, mandasse uma mensagem pra meu celular com alguma frase bonitinha que viesse de sua cabeça.
Só queria que você tivesse mais um dia pra eu mandar outra carta (que você não me responderia, provavelmente). Contar-te todos os detalhes da nova fase da minha vida. Eu estive feliz? Sabia? Te contar coisas legais e te mostrar os mais novos textos que eu provavelmente faria. Nenhum seria angustiado.
Lembro que você me disse que estava atrasado nos meus textos e que iria lê-los depois. Nossa última conversa você disse também que iria entrar no msn de novo pra conversarmos. Odeio o fato de que isso nunca vai acontecer.
Vou sentir falta da promoção da Oi, qual você usou por um bom tempo pra ligar aqui pra casa. Vou sentir falta, principalmente, dos seus trocadilhos ridículos e de suas caretas mais ridículas ainda. De você de touca na cabeça, acabando de sair do banho, parecendo um Playmobil e fazendo a brincadeira de mostrar a cabeça na parede, sumir, e mostrar em outro lugar, como se fosse um teletransporte.
Vai ser muito foda ver que não vamos envelhecer juntos (como eu sempre idealizei). Eu vou ter 40 (talvez) e você vai continuar com 19.
Não vou mais poder brigar com Amandinha sobre seu apelido. Ela acha Bebê, ridículo. Eu gosto.
Pior vai ser ouvir Radiohead e não pensar em você. Ouvir Explosions, The Mars Volta, As Bood Runs Black. O cd do Deftones que você me apresentou.
Mogwai, que eu também consegui dormir por 6 minutos de música, achando que tinham se passado 2 horas.
Vai ser foda ver um skate e não pensar em você. Ver um homem alto e não pensar em você. Um tênis gigantesco também. Não poder te chamar bêbaca por causa de você estar sendo feito de gato e sapato por alguma menininha. Vai ser foda ouvir o The Artist In The Ambulance, do Thrice, e não lembrar da gente no grêmio do ISBA, conversando sobre movimento estudantil e pelegagem.
Passar pela pituba e não lebrar de você é impossível. Vitória da Conquista ideem.
Pensar numa Gibson sem você em mente, não existe. Na palheta Big Stubby (joguei uma no seu túmulo, pra você também ter uma minha). Na caixa Marshall que eu comprei e é igual a sua. Nietsche, Schopenhauer. O seu apelido no mIRC de mil anos atrás que você não quis vender e se fudeu por isso, Shotgun.
Aquela tarde horrível no seu prédio. Aquelas tardes. A que você não deixou eu comer a pizza grande e queria me convencer que eu deveria me empanturrar de pizza brotinho. Eu saí estressado de sua casa. E a que íamos tocar juntos e você preferiu ficar na piscina com Ana Clara. Foi por isso que paramos de nos falar, basicamente =/.
Ouvir Fuck The Fashion de Vinny.
Ler o Pequeno Príncipe de novo pra mim será um tormento. Lembrar de como você falava mal do meu primeiro celular, o Patagônia.
Ninguém nunca vai superar a sua risada do msn, maiúscula e minúscula e rápida. Suas goiabices também são inimitáveis.
A palheta que eu te roubei e depois você me deu oficialmente, jamais será perdida (eu ainda me pergunto por que eu não a perdi ainda, depois de 2 anos com ela).
Pegar o ‘Praia do Flamengo’ sem lembrar das nossas gastações no ônibus. Velho, você foi embora sem eu te contar qual o significado de ‘dormir de calça jeans’ que você falou pra mim o ano todo que era maluquice de pessoas stellamarenses.
São tantas coisas nesses anos que eu nem sei mais o que escrever. Eu te conhecia o suficiente pra prever suas ações. Você também.
Eu nunca chorei no seu colo. Você chorou uma vez, incessantemente.
A imagem que vai ficar na minha memória é você fazendo caretas horríveis. Ou você comendo aquela estampa da sua camisa ridícula. De você e seu cabelo todo quebrado.
A praia e um vinho nunca mais terão o mesmo significado sem você.
As discurssões políticas sem você não terão o mesmo sentido. Jogar The Sims e lembrar das suas péssimas imitações serão completamente angustiantes.
Eu nunca te disse isso, mas lembro de uma conversa sobre estar satisfeito com quem somos. Eu estava satisfeito comigo, mas eu achava você uma pessoa invejável. Se eu não pudesse ser eu, eu ficaria feliz em ser você.
Amigo, irmão. Doeu tanto segurar a alça do seu caixão que eu não sinto mais nada. Pensei que depois da morte do meu gato Fidel eu nunca mais choraria. Me enganei absurdamente. Parecia uma criança. Ainda agora, enquanto escrevo, alguma lágrima se dispõe a descer pelo meu rosto e eu sou obrigado a tirar os óculos.
Espero muito que você não tenha simplesmente deixado de existir. Que você olhe pra mim de onde quer que esteja e me conforte agora. Me dê um abraço. Que me veja crescer e ficar velhinho, quem sabe.
Eu quero parar de sofrer, sério mesmo. Quero só lembrar de tudo e dar risada. Rir como você fez naquele dia no ponto de ônibus. Chorou e tudo mais.
Não vou te esquecer não velho. A rosa do pequeno príncipe agora sangra incessantemente. Você ficará em minha mente e ela em minha costas, em breve.
Forte abraço.
Anderson
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