segunda-feira, abril 24, 2006

Amargura


Eu sou o cinza
Fico entre o preto e o branco
Sou o choro de um trompete no silêncio do arranha-céu

Sou a nota mais aguda
Aquela que faz seus ouvidos doerem
Sou ruído que racha em cem cacos cinco cálices de cristal

Sou um vulcão das Filipinas
Congelando tudo no triste zero absoluto
Sou o fundo da fenda esperando suas vítimas, o infinito escondido no nulo

Victor Martins



Trilha Sonora: Radiohead - Pyramid Song

2 comentários:

pedro disse...

axei meio gay esse poema
ta muito, cazuza

Anderson disse...

gostei muito
tava inspirado hein?
mto vom velhão.
com Radiohead então.. ehehhe lindão isso.